Criar e disseminar conhecimento devem ser objetivos principais de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES), respondendo de forma célere e com as melhores soluções, criativas, inovadoras e adequadas, aos desafios sociais e profissionais, presentes e futuros. O Politécnico do Porto deve, assim, prosseguir o desenvolvimento sustentado da I&D+i, transformando-se num referencial de excelência de produção e transferência de conhecimento e de tecnologia para a sociedade e as empresas.
Pese embora a urgência desta missão, o Politécnico do Porto tem estado confrontado com alguns constrangimentos, nomeadamente a impossibilidade, entretanto ultrapassada legalmente, de outorgar o grau de doutor sem a intermediação de uma instituição do subsistema universitário.
É no âmbito da formação ao nível do doutoramento, enquanto contexto privilegiado, que as IES realizam uma parte significativa da investigação e formam investigadores, criando massa crítica verdadeiramente transformadora. Assim, os nossos futuros cursos de doutoramento permitirão reforçar e afirmar o Politécnico do Porto no panorama do ensino superior a nível nacional e internacional. As unidades de I&D e os grupos de investigação altamente competitivos e potenciadores dos índices de investigação e produção já existem dentro de portas. Não é por acaso que o Politécnico do Porto é a IES politécnica com mais centros de I&D avaliados e financiados pela FCT.
A política de investigação definida para o P.PORTO e as estratégias operativas que lhe subjazem têm, por isso, como objetivos incrementar a atividade de investigação e inovação. Uma das prioridades da concretização da política institucional será promover investigação em áreas inter e multidisciplinares, criando condições para a investigação colaborativa com mais impacto e alinhada com a Agenda Europeia para o Conhecimento e para a Inovação.
A Política de Investigação concretiza-se, essencialmente, em cinco linhas:
1. Consolidação das unidades e grupos de investigação.
2. Política de gestão da Ciência e estruturas de apoio.
3. Estratégias de integração e dedicação do investigador.
4. Estratégias de identificação e de divulgação da atividade de Investigação desenvolvida.
5. Estratégias de incremento e de fomento à investigação.
O reforço da cooperação em investigação científica é outra das prioridades estratégicas da internacionalização do Politécnico do Porto. Esta cooperação, que extravasa os campi e os próprios países, constitui um fator fundamental para a investigação de qualidade. Assim, está prevista no Plano Estratégico do Politécnico do Porto 2022-2026 a necessidade de estimular a inserção do Politécnico do Porto e das suas Unidades Orgânicas em redes e centros de I&D internacionais, de modo a potenciar, quantitativa e qualitativamente, a produção científica e a sua integração nos centros de excelência da UE. Só este diálogo transnacional, transdisciplinar e transcultural poderá fazer face aos novos desafios e à necessidade de competências para o futuro.
Um bom primeiro exemplo disto, é a aliança europeia ATHENA (Advanced Technology Higher Education Network Alliance), da qual o Politécnico do Porto é a instituição coordenadora. No âmbito da formação, a cooperação internacional potencia a qualidade do ensino, através da partilha e da disseminação do conhecimento, de experiências e de inovações pedagógicas. É imperioso fomentar a celebração de novos protocolos com IES com prestígio internacional, com o propósito de criar graus duplos e conjuntos.