Contactar de forma descentralizada com toda a Comunidade, dialogar, partilhar, auscultar e ouvir os elementos desta ilustre academia — estudantes, docentes e trabalhadores não docentes — foram os principais objetivos das sessões abertas, em cada uma das nossas Escolas, promovidas pelo Presidente do Politécnico do Porto.
Os Diálogos na Comunidade tiveram início no dia 29 de novembro do ano passado, na Escola Superior de Educação (ESE), e terminaram, no dia 31 de janeiro, no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Entre as duas datas, Paulo Pereira esteve, a 13 de dezembro, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG); a 18 de dezembro, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) e na Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD); a 11 de janeiro, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE); a 19 de janeiro, na Escola Superior de Saúde (ESS); e a 25 de janeiro, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP).
Como variadíssimas vezes tem sido referido pelo Presidente, e assumido como um compromisso pessoal e institucional na sua candidatura, dar resposta ao presente e fazer o futuro do P.PORTO só pode concretizar-se com uma liderança forte e opções estratégicas inovadoras e criativas, o que pressupõe uma mudança efetiva de paradigma — conciliação da autonomia e da coesão, promoção de um clima organizacional democrático, uma gestão participada e dialogante que promove accountability, estimula o pensamento estratégico e fundamenta as decisões em critérios objetivos, transparentes e justos.
"É importante não nos afastarmos dos anseios e das preocupações de quem estamos a representar, o que nos permite tomar decisões o mais informadas possível e que venham dar respostas aos objetivos e aspirações de todos e de cada um", começou sempre por referir, na abertura das sessões, Paulo Pereira.
Os Diálogos na Comunidade integraram breves notas sobre os marcos da evolução do Sistema de Ensino Superior em Portugal, com realce para as recentes alterações legislativas que vêm impactar o desenvolvimento futuro das Instituições de Ensino Superior IES): a outorga do grau de doutor pelas IES politécnicas e a constituição como Universidades Politécnicas; a revisão do RJIES; a alteração no acesso ao Ensino Superior e criação de um novo modelo de financiamento das IES. Nesta breve nota introdutória, o Presidente do Politécnico do Porto salientou o contributo que as Instituições Politécnicas trouxeram para o desenvolvimento do país, nomeadamente na qualificação dos cidadãos, na democratização do ensino, na coesão territorial e na dinamização económica impulsionada.
Seguidamente, e porque liderar é servir, informar, esclarecer e prestar contas, o Presidente fez um reporte de factos e números que ilustram o desenvolvimento do P.PORTO no que considera serem os principais referenciais da Instituição: ensino, investigação e internacionalização como pilares de missão; pessoas enquanto eixo nuclear na visão para o quadriénio do mandato; orçamento e infraestruturas como processos de suporte imprescindíveis ao funcionamento e sucesso da Instituição, bem como ao bem-estar de quem nela estuda e trabalha.
Numa ótica de partilha, participação e visão estratégica, esta iniciativa objetiva alguns dos indicadores de desempenho inscritos no Plano Estratégico 2022-2026, aprovado no passado mês de novembro em Assembleia de Conselho Geral. Dois grandes compromissos são claramente transversais à ação estratégica vertida no Plano — por um lado, a centralidade dos agentes internos na conceção, planificação e concretização das ações a empreender, promovendo uma instituição moderna, promissora e em expansão, mas também sólida, democrática e coesa; por outro, o compromisso com o desenvolvimento sustentável, enquanto desenvolvimento integral da instituição, num alinhamento com as prioridades e as aspirações globais definidas na Agenda 2030.
Algumas das estratégias de desenvolvimento futuro anunciadas nestas sessões abertas passam por: criar doutoramentos próprios e prosseguir a consolidação da oferta formativa, mantendo os altos níveis de atratividade e ocupação nos vários concursos de acesso; melhorar a avaliação das Unidades de I&D neste ciclo de avaliação pela FCT e desenvolver fortemente a dimensão investigativa; promover o crescimento nos rankings internacionais e potenciar a captação de estudantes do espaço lusófono; incrementar o corpo docente e não docente, qualificado e especializado, e implementar o plano de valorização e reconhecimento; aumentar a rede de alojamento estudantil e requalificar e expandir o edificado das Escolas.
Outros temas que suscitaram troca de ideias nas várias sessões prendem-se com: medidas de combate ao abandono e ao insucesso escolar; programas de integração de estudantes internacionais; investimento em equipamentos e em diversos espaços; bem como estratégias para o financiamento dos cursos TeSP.
