Esquecer faz parte do recordar. Na narrativa permanente de nós mesmos, reorganizamos a experiência vivida, efabulamos o caminho, conferindo-lhe o sentido futuro do que queremos ser ou do que queremos apresentar. Esquecer é um alívio, tantas vezes condição de sobrevivência. Mas esquecer é também abandonar, pôr na borda o que nos incomoda, negar a sua existência inoportuna ou percebida como irresolúvel.
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