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Publicado em: 20 Março 2025

Exposição 'Reservas e Relíquias' inaugurou no Centro de Cultura

Nas coleções e nos museus residem conjuntos de objetos ou peças isoladas que não vemos e aos quais raramente se tem acesso. Ao longo da pesquisa desenvolvida no âmbito deste projeto curatorial, mas ancorado no estudo desenvolvido no fio do tempo, selecionaram-se obras que respondem a dois eixos principais: o tempo e o feminino na arte e na Academia

Quando a Academia se associa a unidades museológicas e culturais, o cenário expande-se e vê-se o não visto, desvelam-se mistérios “reservados”, emergem “relíquias”. Eis que, elementos inesperados dialogam entre si e connosco, contribuindo para dinamismos felizes que incentivam a projetos e realizações conjuntas.

É assim que Maria de Fátima Lambert, curadora de Reservas e Relíquias: a sedução das coleções [ARTE(s) e ACADEMIA(s)] 2025 – 40 anos Politécnico do Porto revela a “sedução” das peças apresentadas ontem, 19 de março, na inauguração da exposição no Centro de Cultura Politécnico do Porto.

Com a presença de Lúcia Matos, Diretora da FBAUP, e de Sebastião Feyo de Azevedo, Professor Catedrático Emérito da FEUP e atual Presidente da Assembleia Municipal do Porto, entre outros parceiros académicos e museológicos, tivemos a oportunidade de percorrer as três salas dedicadas à sedução das coleções: o Laboratório do Olhar, o Observatório d'Elas e o Escritório do Tempo.

Muitas destas peças não estão acessíveis ao visitante regular e configuram-se como um cabinet de curiositès cuja curadoria disrompe com uma só visão estética ou epistemológica para abraçar a dimensão poética dos objetos. Desde fotografias estereoscópicas, um relógio de sol, estampas e desenhos, pinturas de Aurélia de Souza e outras artistas mulheres, conhecemos uma parte menos acessível do património artístico, museológico e documental de instituições responsáveis pela formação, apreciação e qualificação de nossas identidades singulares e coletivas.

Simbolicamente, os conteúdos museológicos apresentados mostram a diversidade e a qualidade que carateriza o universo P.PORTO, dialogando no entrecruzamento a outras instituições, pessoas, a múltiplos saberes e concretizações. Esta exposição foi exemplo desse cruzamento e parceria, sempre enriquecedora para a cidade.

Para ver, na Praça do Marquês de Pombal, no Porto, até 7 de maio.

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