Jorge Carvalho está nas bocas do mundo depois da estreia do filme “Soldado Milhões”, em que foi um dos responsáveis pelos efeitos visuais do filme. Continua surpreendido pela visibilidade e não deixa de frisar como "este trabalho foi feito a quatro mãos" com Carlos Amaral, também ele antigo estudante do Politécnico do Porto. A longa-metragem de Gonçalo Galvão Teles e Jorge Paixão da Costa estreou ontem, dia 12 de abril, coincidindo com o centenário da sangrenta batalha de La Lys, na Flandres, que ceifou centenas de vidas do Corpo Expedicionário Português.
Se a rodagem durou 22 dias, a pós-produção durou oito longos meses, existindo 570 planos com efeitos digitais. E se Jorge Carvalho e Carlos Amaral estiveram presentes em todos os momentos da rodagem, o trabalho seguinte foi o grande desafio,“Foram cinco meses da minha vida dedicados exclusivamente a este projeto.”
Jorge Carvalho terminou o Curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual (TCAV) em 2006, ainda este estava alocado na ESMAE (o curso está agora reafetado à Escola de Media Artes e Design, no Campus 2). Hoje tem um longo percurso ligado aos Audiovisuais, seja no Cinema e nos Efeitos Especiais, na Publicidade e Animação. Pelo caminho ainda foi docente em TCAV e Tecnologia da Comunicação Multimédia.
“O curso de TCAV deu-me as ferramentas cruciais para construir o meu percurso. E porque o curso é pequeno e quase intimista, criaram-se sinergias fundamentais entre os colegas e docentes. A colaboração é fundamental.” Sente que esta Escola está a borbulhar de atividade e que existe “sangue novo” a precisar de atenção. “É difícil trabalhar em cinema e os desafios por que passei não são assim tão diferentes para as novas gerações”. No entanto deixa um conselho, "Somos bombardeados por imagens digitais e a realidade está aí. É importante sair, viver, viajar, conhecer. Isso também é cultura visual.”