Os mais de 30 mil estudantes e professores que frequentam as escolas do Pólo Universitário da Asprela vão, finalmente, ter um espaço verde. O projeto, pretende colmatar uma falha há muito sentida nesta área de grande concentração de serviços académicos e de saúde, vai ser concretizado num espaço situado nas traseiras da Faculdade de Desporto, numa parceria entre a Universidade do Porto, o Politécnico do Porto e o município. O empreendimento, que se estima estar concluído em 2020, visa dotar a zona de um espaço verde e de lazer, que facilite a mobilidade entre as escolas ali presentes.
O projeto, liderado pela Câmara do Porto foi apresentado em outubro por Paulo Farinha Marques, coordenador da vasta equipa multidisciplinar que está a desenvolver a proposta. Arquitetos paisagistas, engenheiros civis, e especialistas na área hidrográfica, avaliaram no terreno vários problemas, tais como "a falta de unidade e congruência espacial, um contexto fragmentado, degradado e desconexo, a necessidade de formalizar uma nova via e espaços exteriores associados, que acomode a circulação automóvel, falta de espaços de recreio e lazer ao ar livre e uma generalizada baixa qualidade ambiental e paisagística."
Junta-se ao município a Universidade do Porto (proprietária do terreno) e o Politécnico do Porto. Cerca de 60% do investimento é assegurado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente (correspondente a 1 milhão de euros). No total, estima-se que a obra custe cerca de 1,7 milhões de euros.
Uma vez finalizado o projeto, o novo parque terá caminhos, pontes e passadiços, estimulando a circulação pedonal ou por bicicleta. A obra, desenhada pelo arquitecto Francisco Guedes de Carvalho, será um ponto de encontro, e de convívio, numa zona hoje dada a algumas actividades marginais, dado o abandono em que se encontra.
Recordamos que o Pólo da Asprela contempla uma área de cem hectares, limitada pela VCI, a Circunvalação e a A3. Concentra um vasto número de instituições de ensino superior e outros serviços públicos como o Hospital de S. João e o Instituto Português de Oncologia, geradores de um movimento diário de 45 mil pessoas. Mas na zona, que serve principalmente uma população de mais de 27 mil estudantes, faltou, desde sempre, um parque verde, apto para a prática desportiva.