O pano sobe ao som de uma multidão que consome um cenário português. Chove açúcar de várias nacionalidades. Um sol fantástico nasce e ilumina a cena. Uma praia a ocidente. Estamos num arraial de fevereiro. Música. O som do mar também se ouve. Uma cadeira de nadador-salvador transparente à direita média. À esquerda, a porta que dá para o centro comercial com uma fonte de diamantes caramelizados que gira sobre si mesma. Está cada vez mais calor e a música torna-se cada vez mais alegre. Uma cena lindíssima. Caem pétalas na ribalta. A orquestra toca a abertura da peça. Uma corista de acrílico corre pela balaustrada, enquanto canta. À esquerda média, um galo tenta desenfreadamente encontrar um grão perdido por entre a areia. Desce da teia uma cortina marisol. Oito cachorrinhos mortos, sorridentes mas desolados, conversam sobre o fogo-de-artifício a que estão a assistir.
Sugar
Dias 2 e 3 de fevereiro, às 21h30. Uma encenação Silly Season.
miguel.carvalho@sc.ipp.pt
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