Consciente do seu impacto na sociedade e dos atuais desafios de desenvolvimento das melhores práticas, e em orientação com a Agenda 2030 das Nações Unidas, o Politécnico do Porto associa-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Em 2022, e pela primeira vez, na sua história, o Politécnico do Porto iniciou um processo de mapeamento e sistematização de todas as atividades, ao efetuar o primeiro levantamento do P.PORTO Sustentável, em que convidou toda a sua comunidade académica a registar projetos, programas, eventos, atividades, ações de voluntariado ou redes académicas que tenham contribuído para, pelo menos, um dos ODS.
Numa época em que as questões da sustentabilidade são uma prioridade indubitável, o Instituto Português da Qualidade e a Comissão Setorial para a Educação e Formação publicaram dois e-books sobre Sustentabilidade. Este trabalho foi redigido, de forma voluntária, pelos representantes das instituições que integram o GT1 da CS/11, incluindo o trabalho de compilação e revisão, e pelos autores das comunicações e das fichas, que agora se publicam, tendo sido desenvolvido no âmbito do Plano de Ação (2019-2021) desta comissão, contando com o apoio do IPQ. O Politécnico do Porto orgulha-se de ter colaborado na realização do segundo destes volumes.
E porque um futuro melhor só se consegue com a participação de todos, o Politécnico do Porto é membro da Carta Portuguesa para a Diversidade e da Rede da Carta Portuguesa, pelo que tem uma responsabilidade acrescida na implementação de regras que, respeitando a igualdade, respeitem também a diferença. Esse esforço inclusivo está melhor plasmado no Guia P.PORTO para uma Comunicação Inclusiva que, não procurando impor comportamentos, busca sensibilizar para a importância do papel que a inclusão tem na comunicação de uma instituição pública e, assim, induzir alterações positivas de comportamento em toda a comunidade académica.
O Politécnico do Porto criou, em 2023, a Comissão de Prevenção e Combate ao Assédio de forma a incrementar um cultura inclusiva que promova e valorize a diversidade e que mantenha um ambiente de trabalho, aprendizagem e sociabilidade em que os direitos e dignidade de todos sejam ouvidos e respeitados. A composição desta comissão é a seguinte: Zita Vale (coordenadora), Eduarda Pinto Ferreira, Manuel Salvador Araújo, Paula Clara Santos, Carolina Moreira, Eduardo Madeira Silva e Cecília Sequeira. Compete à comissão elaborar planos de ação específicos, considerando as orientações gerais existentes e tendo por base uma avaliação global, que aprofunde os seguintes eixos gerais de ação: prevenção e sensibilização; comunicação e atuação primária; proteção e acompanhamento.
Também em 2023, na área da transparência, o Politécnico do Porto associou-se à Estratégia Nacional Anticorrupção 2020-2024, aprovada em Conselho de Ministros em abril de 2021. Este plano deu origem ao Mecanismo Nacional Anticorrupção que tem por missão a promoção da integridade na ação pública e a garantia da efetividade de políticas de prevenção da corrupção e de infrações conexas. O responsável pelo referido cumprimento normativo no Politécnico do Porto, por imposição legal do Decreto-Lei n.º 109-E/2021, de 9 de dezembro, é o seu Administrador, Paulo Ferraz, por nomeação do Presidente, tendo por base de apoio o Gabinete de Auditoria e Controlo Interno.
Em termos estatutários, e no âmbito da responsabilidade social, o Politécnico do Porto adota medidas tendo em vista:
1. Reforçar as condições para o desenvolvimento da oferta de atividades profissionais em tempo parcial aos estudantes, compatível com o desenvolvimento da atividade letiva;
2. Adaptar, nos termos da lei e dos regulamentos respetivos, a atividade do Politécnico do Porto a situações específicas, designadamente, casos de participação associativa, gravidez, maternidade e paternidade, doença prolongada e deficiência.
Enfrentamos, no pós-pandemia mais do que nunca, grandes desafios. Encontrar um equilíbrio sustentável entre preocupações ecológicas, económicas e sociais, transição digital e desenvolvimentos políticos é um dos principais desafios das sociedades contemporâneas. Crises económicas sucessivas, a mudança de poderes na geopolítica e nos sistemas democráticos, a crise climática e os céleres avanços tecnológicos estão entre os fatores que mais impulsionam a imprescindível transformação das instituições de ensino e, por maioria de razão, as Instituições de Ensino Superior (IES).
É imperiosa a adaptação. É urgente encontrar abordagens alternativas. Diversos fatores dessa transformação estão já em desenvolvimento: a crise climática e a sustentabilidade ecológica; os avanços tecnológicos e a inteligência artificial e seu impacto no mercado de trabalho; a erosão das democracias ocidentais; a desinformação e suas consequências na polarização do debate público; as mudanças demográficas aceleradas pelo COVID-19.
Dito isto, há que reconhecer que o financiamento das IES não acompanha o esforço de valorização e de expansão do conhecimento, sobretudo se considerarmos a importância da educação, da investigação e da inovação na criação de mais-valias de toda a ordem, nomeadamente na criação direta de riqueza.