Licenciado em Engenharia Biológica na Universidade do Minho e Doutorado em Didática das Ciências Físicas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, António Barbot é um apaixonado pelas Ciências e Tecnologias.
QUANDO COMEÇOU A TUA LIGAÇÃO À ESCOLA?
A minha ligação à Escola Superior de Educação começou em 2008, como docente a tempo parcial.
COMO RECORDAS OS PRIMEIROS TEMPOS?
Fui muito bem acolhido e senti-me logo muito bem integrado. Recordo-me de ser confundido com os estudantes e de as funcionárias do bar me atenderem com um adorável “o que vai ser, querido?”. Hoje é mais aborrecido... “Doutor” não tem piada nenhuma (risos).
O QUE TORNA O TEU TRABALHO ESPECIAL?
Lidar anualmente com centenas de pessoas, cada uma com as suas especificidades e características. Se, por um lado, existe o desafio em encontrar formas diferenciadas de tratar alguns dos temas tendo em conta essa diversidade, por outro, é muito recompensador avaliar os resultados dessa diferenciação.
O QUE TORNA ESTA ESCOLA ÚNICA?
A diversidade da oferta formativa e o facto de termos representadas quase todas as áreas do conhecimento, desde artes, línguas, desporto, ciências, música... Para além disso, e apesar de não ser um aspeto único da nossa escola, somos neste momento um polo de excelência no que diz respeito à internacionalização e mobilidade de estudantes. Estive também em mobilidade internacional no final da minha licenciatura, e sei o quanto isso me marcou do ponto de vista profissional e pessoal.
O QUE MAIS MUDOU NESTES ANOS?
Destacaria dois aspetos: a grande evolução tecnológica, com os impactos que isso tem tido na formação de professores e educadores, e os incentivos à formação do pessoal docente e não docente.
CONTA UM EPISÓDIO MARCANTE
É mesmo difícil essa seleção… Por razões similares, talvez destacasse a minha primeira aula, e a primeira vez que os meus filhos vieram aqui à escola. Por incrível que pareça, e em ambos os casos, senti o peso da responsabilidade pelo trabalho que desenvolvo.
UMA IDEIA PARA O FUTURO
Continuar a pensar em formas úteis e significativas de incluir as tecnologias na educação. O futuro das escolas e da formação de professores e educadores passará também por essa incorporação. Vai ser normal numa sala de aula navegar entre plataformas digitais, a comunicação e ensino à distância, a utilização de telemóveis e de todos os sensores que eles nos disponibilizam, a impressão 3D, e a promoção de um trabalho mais autónomo. Sobretudo para o ensino das Ciências, que é a minha área.
A rubrica Um de Nós representa um espaço de partilha de experiências, ideias, histórias, e projetos, com uma breve entrevista a estudantes, docentes e não-docentes. É nossa convicção que cada Escola guarda — nos seus bastidores, salas, corredores e gabinetes — muitos rostos e talentos. Queremos ser a voz de cada um de nós porque as grandes histórias por vezes estão mais próximas do que imaginamos