Atualmente é coordenadora do curso de Imagem Médica e Radioterapia e docente em radiologia.
QUANDO COMEÇOU A TUA LIGAÇÃO À ESS?
A minha ligação à ESS começa em 1982, ainda a escola se designava de Escola Técnica dos Serviços de Saúde do Porto. Comecei como estudante e voltei quase imediatamente, como colaboradora, em 1987.
COMO RECORDAS OS PRIMEIROS TEMPOS?
Como estudante foram tempos especiais, e também muito divertidos. As nossas instalações eram no Magalhães Lemos, mas porque a escola não possuía o equipamento tecnológico e pedagógico adequado, usufruíamos de infraestruturas "emprestadas" nomeadamente de hospitais e clínicas. Passávamos muito do nosso tempo no Hospital de S. João ou no IPO-Porto.
O QUE TORNA O TEU TRABALHO ESPECIAL?
O facto de ser um processo dinâmico, em permanente reajustamento e constante atualização. Cada vez mais temos de acompanhar de perto os avanços científicos, tecnológicos e pedagógicos. E claro, o contacto com os estudantes, docentes e não docentes. Somos uma comunidade muito forte e muito unida.
O QUE TORNA ESTA ESCOLA ÚNICA?
Esta escola é um exemplo maturado de uma instituição que não se encerra em si mesma. Pelo contrário, somos uma escola orientada para a comunidade, articulada com outras instituições de saúde públicas e privadas, com centros de investigação e com a comunidade circundante. Isto faz da ESS uma escola especial.
O QUE MAIS MUDOU NESTES ANOS?
Tudo! Basta olhar para a nossa história e perceber onde já chegamos.
CONTA UM EPISÓDIO MARCANTE.
O meu primeiro dia como docente de radiologia na escola. Tinha 30 anos, era uma "catraia" e senti uma enorme responsabilidade. Lembro-me perfeitamente do rosto dos meus primeiros estudantes, aliás ainda nos encontramos regularmente para almoçar. E eles vêm de todo o país...
UMA IDEIA PARA O FUTURO?
Continuar a apoiar o progresso e desenvolvimento da Escola. É fundamental ir (no âmbito da sua atuação) cada vez mais longe, inovar, investigar e mantermo-nos sempre atualizados.
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A rubrica Um de Nós representa um espaço de partilha de experiências, ideias, histórias, e projetos, com uma breve entrevista a estudantes, docentes e não-docentes. É nossa convicção que cada Escola guarda — nos seus bastidores, salas, corredores e gabinetes — muitos rostos e talentos. Queremos ser a voz de cada um de nós porque as grandes histórias por vezes estão mais próximas do que imaginamos