QUANDO COMEÇOU A SUA LIGAÇÃO À ESCOLA?
Em novembro de 1997, como aluna do Bacharelato em Contabilidade e Administração. Como funcionária, em setembro de 2003.
COMO RECORDA OS PRIMEIROS TEMPOS NA INSTITUIÇÃO?
Como já tinha sido estudante do Instituto e alguns colegas de trabalho eram também ex-colegas de turma, a adaptação tornou-se mais fácil. Confesso que o mais complicado foi “dar” aulas a ex-colegas que ainda não tinham terminado o Curso.
O QUE TORNA O TEU TRABALHO ESPECIAL?
Atualmente, exerço funções na Divisão de Gestão de Pessoas, e gerir pessoas é muito complicado, pois nem sempre conseguimos ir de encontro às suas expectativas, pois temos que cumprir leis e regulamentos. Mas por outro lado, é muito gratificante quando conseguimos ajudar a solucionar os problemas dos nossos utentes, e ouvimos “Vocês são uns anjos. Muito obrigada”.
O QUE TORNA ESTA ESCOLA ÚNICA?
Digam o que disserem, a nossa Escola é uma Escola de excelência, não é por acaso que é uma escola centenária, sempre com um nível de ocupação a rondar os 100%. O nosso Instituto tem uma diversidade enorme de cursos para oferecer aos nossos alunos, cursos que vão de encontro à procura do mercado e que são preferencialmente requisitados pelas empresas que nos contactam diariamente à procura de recém-licenciados.
O QUE MAIS MUDOU NESTES ÚLTIMOS ANOS?
As instalações, a faixa etária dos colaboradores, cada vez mais o corpo docente e não docente é mais jovem, e sobretudo o nível de excelência dos docentes.
APRESENTE UM EPISÓDIO MARCANTE?
Quando nos primeiros dias como trabalhadora da Divisão de Gestão de Pessoas, questionei uma docente, cordialmente, se se encontrava melhor, pois tinha tido conhecimento que esta esteve doente, com uma depressão. Recebi insultos e berros, a dizer que eu não sabia de nada, que devia estar calada. Confesso que nunca tinha sido tratada assim, não consegui conter as lágrimas. Hoje, a docente em questão adora-me, e eu tornei-me sua confidente.
UMA IDEIA PARA O FUTURO?
Sei que vão achar uma brincadeira, mas abrir uma creche para os filhos dos trabalhadores, docentes e não docentes, e até estudantes, seria uma excelente ideia, face à dificuldade que por vezes sentimos em conciliar a nossa vida profissional e familiar. Iria aumentar a produtividade e diminuir o stress criado com o cumprimento de horários. Face ao número elevado de estudantes, sobretudo os noturnos, também seria oportuno criar um novo parque de estacionamento, bem como aumentar o patrulhamento no exterior do Instituto, para evitar os constantes assaltos e a falta de segurança.
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A rubrica Um de Nós representa um espaço de partilha de experiências, ideias, histórias, e projetos, com uma breve entrevista a estudantes, docentes e não-docentes. É nossa convicção que cada Escola guarda — nos seus bastidores, salas, corredores e gabinetes — muitos rostos e talentos. Queremos ser a voz de cada um de nós porque as grandes histórias por vezes estão mais próximas do que imaginamos