Para além de trabalho de docência, é também coordenador do Núcleo de Apoio a Inclusão Digital, que serve, entre muitas outras coisas, para apoiar os alunos com deficiência dos universo do P.PORTO
QUANDO COMEÇOU A TUA LIGAÇÃO À ESCOLA?
A minha ligação à Escola Superior de Educação (ESE) data de 1988, quando fui convidado para integrar aquilo que na altura se chamava o Centro de Recursos do Instituto Politécnico do Porto.
COMO RECORDAS OS PRIMEIROS TEMPOS?
Foram tempos fantásticos em que as tecnologias digitais estavam a entrar no nosso mundo mais pessoal e profissional, em que tudo era novo, tudo era fantástico. Creio que essa magia se mantem, agora “vestida” de formas um pouco diferentes.
O QUE TORNA O TEU TRABALHO ESPECIAL?
O meu trabalho é, para mim especial porque me obriga a um atualização quase diária no trabalho com tecnologias quase “efémeras” mas que, no caso das tecnologias de apoio, abrem novas possibilidades a todos aqueles que por qualquer tipo de infortúnio se veem privados de uma participação plena na sociedade.
O QUE TORNA ESTA ESCOLA ÚNICA?
Esta escola é única porque é dinâmica: transforma-se continuamente sem perder o sentido do respeito e da tolerância. É única porque aceita a diversidade.
O QUE MAIS MUDOU NESTES ANOS?
A Escola renova-se continuamente e é inegável que tem adquirido novos padrões de qualidade e exigência. Apesar de se manterem alguns “vícios de forma” vivemos um clima de relativa harmonia e tolerância, em que os profissionais se respeitam. Mas também não podemos deixar de acusar alguma alteração, para pior, nos padrões éticos e cívicos de alguns alunos. Mudaram também as condições materiais e técnicas, com instalações constantemente renovadas e um parque informático de qualidade.
CONTA UM EPISÓDIO MARCANTE?
Lembro-me de ter passado na década de 90, o mês de Julho a montar computadores comprados às peças para que pudéssemos aumentar o número de computadores disponíveis nos laboratórios. Uma realidade inconcebível nos dias de hoje.
UMA IDEIA PARA O FUTURO?
Gostaria de ver esta Escola mais orientada para o sentido original do ensino politécnico, com mais ligação ao exterior e mais aberta à inovação e ao espírito prático.
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A rubrica Um de Nós representa um espaço de partilha de experiências, ideias, histórias, e projetos, com uma breve entrevista a estudantes, docentes e não-docentes. É nossa convicção que cada Escola guarda — nos seus bastidores, salas, corredores e gabinetes — muitos rostos e talentos. Queremos ser a voz de cada um de nós porque as grandes histórias por vezes estão mais próximas do que imaginam